LAGOA ENCANTADA
Como eu posso esquecer
Minha última viagem!
Os acessórios encantadores,
O caminho, a paisagem!
Certa casinha branca!
Na frente, um abacateiro!
Uma figura de menino
Correndo pelo terreiro.
Amarrado a uma árvore,
Um cabritinho saltava,
Para se livrar da corda,
Debatia-se, berrava.
Nos coqueiros farfalhantes!
Havia pássaros multicores!
E papagaios barulhentos
Assustando os beija-flores.
A vegetação predominante,
Nas planícies, as bananeiras
E o coro dos passarinhos
Que povoam as jaqueiras.
Outra casinha rústica,
Mais à frente um monte,
Um riacho serpentino
Indo em direção à ponte.
Súbito, uma casa de taipa,
Ao fundo, uma horta,
Sem camisa, sorrindo!
Uma criança à porta.
Logo adiante na estrada
Vai passando uma carroça,
Perto, um bosque majestoso!
Em ruínas, uma palhoça.
Os canteiros de hortaliças
Que perfumam as manhãs!
Com cheiro de alfavaca
Coentro-verde e hortelãs!
E os graciosos periquitos
Que voavam ao monte!
De lata à cabeça, a mulher
Vem no caminho da fonte.
Em tudo havia delicadeza!
A vida palpitando em ninhos,
O azul do céu, o verde das matas,
E a orquestra dos passarinhos!
Era maio! Mês das moças!
No céu, bailava uma ave!
Brilhava o sol! Quanta luz!
O ar! Era fresco e suave.
Com todos estes coloridos
De aves, frutos e flores!
As paisagens paradisíacas
Com borboletas multicores!
Depois chegar a uma lagoa
Para ver os seus encantos!
Banhar-se em suas águas
Cheias de mistérios e cantos.
Uma lagoa gigantesca
Pelas árvores circundada
A Natureza exuberante!
Pura, bela, despertada!
Despertada com as lendas
De nêgos d’águas encantados,
Dum grande peixe canapú
E de navios iluminados.
Com sereias encantadas!
E as ilhas flutuantes
Confundindo os pescadores,
Encantando os visitantes.
As histórias imaginativas
Narradas por seus habitantes
Sobre a pedra da Arigoa
Com seus mitos extasiantes.
Com encantos e magias
A Natureza despertada!
Histórias que o povo conta
Da Lagoa Encantada!
Agradeço ao bom Deus!
Por dar-me oportunidade
De conhecer este lugar
Que hoje é realidade...
Gilton Thomaz
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